Caros, amigos e amigas: é uma grande honra, apresentar-lhes minha nova publicação. Trata-se de uma coletânea de crônicas elaboradas ao longo dos últimos 12 anos sobre diferentes temas, as quais foram publicadas em dois dos mais importantes jornais do Estado, o Jornal O Imparcial e o Jornal Pequeno. Neste trabalho, afasto-me bastante das minhas atividades profissionais e mergulho de cabeça na arte de escrever, tratando sobre temas do meu cotidiano.
Este é o primeiro volume de uma série que publicarei nos anos que se seguem. Já foram elaborados e publicados mais de 300 artigos os quais, em seu tempo, irão compor essa série de escritos denominados de Crônicas do Cotidiano na Visão de um Psiquiatra.
A proporção que fui ensejando o gosto pela arte de escrever, e vendo quão é importante deixar minhas experiências escritas, fui percebendo que nós, em geral, escrevemos pouco sobre o muito que nos ocorre. Em qualquer momento, a vida é um amontoado de grandes acontecimentos, que se sucedem, uns aos outros, a cada instante; portanto, temos muito o que contar, contudo, por vários motivos, se escrevemos pouco. E essas experiências se perdem no tempo de cada um. Gasta-se, às vezes, tanto tempo com trivialidades e nem sobre elas escrevemos. Fico muito triste por ver figuras notáveis, da nossa época e de nossa história, que exerceram ou exercem papéis relevantes na vida social, pessoal empresarial, que morrem e não deixam nada escrito, algo que falasse sobre si ou sobre o que fizeram, e quando se quer saber um pouco mais sobre essa pessoa, só restam lembranças e nada mais.
Rompo com esse silêncio e me lanço de corpo e alma à arte de escrever, onde digo o que penso e sinto, de forma despretensiosa. Sou sempre muito cauteloso ao escrever, para não ferir o respeito que tenho pelo outro. Procuro, em cada um desses escritos, aproximar-me ao máximo da realidade dos fatos que me inspiraram, e sobre eles penso, repenso, escrevo, reescrevo, até que, finalmente, acho que estão suficientemente prontos para publicá-los.
Neles, procuro não construir qualquer juízo de valor para que o leitor possa, a partir de sua enunciação e de sua abstração, perceber apenas o que digo. Sou fiel aos meus princípios e só escrevo aquilo que se encontra em plena consonância com minha consciência, e quando tenho plena convicção de que não enveredei para o trivial nem para o comum.
Pesquiso, para fazê-las, e vou atrás do sentido de cada crônica. Contextualizo-as ao discorrer sobre os fatos e dou-lhes um título, e as publico.
Nessa perspectiva, escrevê-las me faz refletir sobre mim, minha época, meu tempo e sobre o contemporâneo, e construir/desconstruir os flagrantes do cotidiano agradável tem sido prazeroso. Lamento que só depois dos cinquenta é que minha verve de escritor desabrochou, muito embora mais maduro e com os pés no chão e com mais responsabilidade. Parece que as crônicas têm um sabor especial. Hoje, escrevê-las faz parte de minha rotina e estão inseridas no meu cotidiano, dando-me gás e prazer.
Ruy Palhano.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
P161c
Palhano, Ruy.
Crônicas do cotidiano na visão de um psiquiatra / Ruy
Palhano. _São Luís, 2015.
v.1.
ISBN 978-85-920281-0-7
1. Crônicas – Coletânia. I. Título.
CDD B869.8
CDU 82-94
R$50,00